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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

domingo, 30 de março de 2014

Leque de Possibilidades / Reflexão

Leque de Possibilidades / Reflexão

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Em princípio tudo pode mudar a todo e qualquer instante, mas não da mesma maneira, assim um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar, mas com o mesmo contorno e reverberação que o anterior, ao chegar a terra é difícil e, se chegar a terra não encontrará o mesmo momento que o anterior e talvez, a área do local atingido tenha outra configuração, o que é muito mais provável do que a do raio cair duas vezes no mesmo lugar.

Os efeitos que o raio anterior causou, dependendo do tempo entre a primeira queda do raio e a segunda queda do raio, estão mantidos e as modificações provocadas pelo raio anterior atingem diretamente o raio posterior que irá cair num campo modificado pelo acidente natural antecedente.

Em torno da queda dos raios, a única modificação possível é a que o tempo causou, seja pelas ocorrências naturais como a chuva, ou, pelas mãos do ser humano e suas habilidades de engenharia.

Por conseguinte a área não modificada pelo primeiro raio tende a ser a mesma e com o mesmo comportamento de antes da queda dos dois raios.

Enquanto isso, a área afetada pelos raios tem o seus comportamentos e as suas configurações transformadas, se não definitivamente, por um longo período de tempo.

Esse espaço geológico e geográfico que antes compunha um todo e formavam o local anterior à queda dos raios deixou de existir, em teoria. Temos dois ambientes que foram deslocados no tempo e no espaço físico.

Naturalmente, as dificuldades surgiram e atingem o ser humano, que dali em diante observou o comportamento do espaço enquanto ambiente físico, mas também teve que se adequar a uma nova realidade, pois pode ter acontecido do raio ter transformado a vida de parte das pessoas presentes ao local da queda dos raios.

As motivações e os conceitos são diferentes a partir daquele momento da queda do primeiro raio. O ser humano tende a observar o espaço físico a partir da sua realidade.

Aquele ser humano que não teve a sua vida alterada pela queda de raio nenhum observa o seu próximo a partir daí como um estranho. Raios caem todos os dias, em todos os lugares, não há porque se surpreender com a queda de um raio.

Aquele ser humano que teve a sua vida alterada por algum dos dois raios, porém, fica deslocado nesse espaço de tempo.

As adaptações se fazem necessárias, mas a compreensão dos fatos é difícil e surgem as resistências, as críticas, os diálogos fortes e até mesmo algumas acusações, porque todos sabem da existência dos raios e a maioria se protege deles adequadamente.

O ser humano é complexo, ele sente. Acredito que a sensibilidade afetiva do ser humano seja a mais complexa das reações para o entendimento do seu semelhante, opinião pessoal.

Esse talvez seja o hipotético caso de um apocalipse parcial, onde parte dos homens e mulheres o presenciam com todos os seus paradigmas e a outra parte desses homens e mulheres continua a existir da mesma maneira, sabem do final dos tempos como teoria.

Texto tão sério merece um contraponto divertido: imaginem um sujeito dizendo que presenciou o fim do mundo e foi absolvido por Deus, que o libertou de todo o sofrimento, dando a ele nova vida e novos objetivos acrescentados de toda uma disposição à sensibilidade afetiva.

Eu mesma o chamaria de “louco de vara”, aquele que precisa de uma camisa de força por precaução. Nem todos os raios e chuvas que ocorram no planeta me convencem de tal história.

O que é uma possibilidade, senão podermos buscar os argumentos necessários para a solução das nossas dificuldades.

Todos nós passamos por dificuldades, mas permitamos que a criatividade aja também. O raciocínio é lógico, mas é pouco diante do ser humano e das suas habilidades enquanto dons; a inteligência emocional flui intuitivamente e, ao a bloquearmos, podemos impedir a nós mesmos de solucionar essas dificuldades.

Deixemos fluir o final de semana, com todas as possibilidades para viver bem, acreditando que o próximo gosta da gente, gostando e respeitando a sensibilidade do outro, afinal, essa sensibilidade não é somente minha, mas sua e de todas as pessoas. Por ser assim, fiquemos de mãos dadas.

2 comentários:

ONG ALERTA disse...

Hoje em dia acredito que o ser humano esta esquecendo de ser humano....
Beijo Lisette

linksdistodaquilo disse...

Fiquemos então, de mãos dadas.
Boa semana
Beijo.
Nita