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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O Futebol

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Era uma vez uma família, cujos nomes dos filhos foram tirados da Bíblia. Os dois irmãos chamavam-se Abrão e Noor.

Abrão e Noor casaram-se e tiveram respectivamente um filho cada um, cujos nomes eram igualmente bíblicos. Abrão chamou o filho de “Eisque”, pois na hora do registro do nascimento ele estava tão nervoso que não conseguia pronunciar o nome do filho. Noor se deu bem e conseguiu registrar a criança com o nome de Taás.

Taás cresceu e montou um time de futebol. Eisque não queria ser jogador de futebol, mas, por consideração ao primo, jogou por algum tempo no time dele, mas logo que conseguiu, saiu do time de futebol para se tornar eletricista de uma banda de rock’n roll.

O tempo passou e, um belo dia, veio conversar com Eisque o Reumaréu, outro crente cujo nome era o pretenso masculino de Reumá, nome da mãe dele. Aliás, os nomes diferentes, escolhidos após as leituras diárias, foram o motivo da amizade na infância.

Havia muitos anos que Eisque e Reumaréu não conversavam.

Reumaréu não foi objetivo, mas Eisque imaginou logo que se tratava do time de futebol de Taás.

Por que Reumaréu supostamente gostaria de jogar no time de Taás? Porque Reumaréu e Taás tiveram as mesmas informações educativas da escola dominical durante a infância, enquanto que Eisque fugia de qualquer padrão, sendo, por gosto excêntrico e exótico e heterossexual.

Reumaréu não fazia nada de graça, para ele, tudo tinha preço, investimento e patrocínio, amava os negócios e estava mais para Esaú do que Jacó. Eisque sabia, ouviu muitas boas histórias sobre negócios...

Reumaréu, não viria ao seu encontro se não fosse por Taás, questão de Gênesis, ou seja, questão de cromossomos.

Eisque, que não queria mais ajudar o primo Taás, tratou logo de avisar sobre as possíveis intenções de Reumaréu:

_Reumaréu é um jogador centroavante, corre pela direita e pela esquerda, competente e fiel ao patrocínio. Eu odeio fazer intermediações, mas vocês estudaram dentro à mesma escola dominical, aquela que é a vocacional e não obrigatória. A questão é entre vocês daqui em diante. Eu não pretendo jogar mais porque estou me saindo bem como eletricista de banda de rock’n roll.

Eisque, enquanto eletricista tinha conseguido até mesmo ralar o dedão do pé, de tanta tensão com a qual subia e descia as escadas para trocar as lâmpadas, além de dois dedos das mãos machucados devido ao forno micro-ondas e a um tal de glissando, que é uma luz estroboscópia muito rápida que acende e apaga e faz os jovens não perceberem como é que os outros os veem quando dançam.

Eisque era outro tipo de pessoa, bastante reflexivo quando em descanso e tinha bastante juízo para não se meter em fria.

Calmamente foi para casa, abriu a sua Bíblia e orou agradecendo a luz recebida do alto.

Primeiro a obrigação, depois a devoção. Amém.

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