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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

sábado, 26 de agosto de 2017

O Que É Ajudar? Reflexão

O Que É Ajudar? Reflexão

     Será que as facilidades do mundo atual são causadores da falta de conhecimento do que possa significar a palavra ajuda?
     Se alguém perguntar o que é ajudar pode ser que alguém responda que é responder à moça do telemarketing que sim, que irão contribuir com a instituição de caridade para a qual a voluntária arrecada recursos financeiros.
     Ajudar pode ser tarefa um pouco mais complicada. Pode ser providenciar alguns salgados que sejam do agrado da família para o almoço. Pode ser ter arroz,  feijão e algum tomate para acompanhar a refeição, devidamente guardados na geladeira.
     Será que as crianças de hoje em dia arrumam as suas camas antes de irem para a escola? Arrumar a cama antes de ir para a escola era tarefa obrigatória entre as crianças. Na escola, as professoras elogiavam os pais que exigiam a cama arrumada porque ensinavam a ajudar a mãe. Essa tarefa não dependia de se ter ou não empregada mensal. A empregada era orientada a não arrumar a cama das crianças, pois era tarefa delas. E se não arrumasse a cama? A criança ficaria com a cama desarrumada até o dia da troca da roupa de cama.
     É óbvio que se pode aprender a ajudar sem segundas intenções, sem que se precise desembolsar nenhuma quantia. Ajudar é um hábito que faz bem.
     Tudo bem, hoje em dia não se tira mais os pratos da mesa porque os pratos já vêm em bandeja própria e a comida fica disponível no balcão da cozinha, mas a ajuda não caiu em desuso.
     Outro dia ouvi uma frase perspicaz e sábia:
     "_Com o tempo que o povo perde com o intuito de criticar uma pessoa eu faço uma semana inteira e ainda me sobra tempo."
     Criticar, é outra palavra erradamente vista como se fosse reclamar de algo apropriadamente errado, mas tem muita gente perdendo tempo  por nada e se prejudicando. Critica sem ter razão é jogar ao tempo um não - frase minha.
     É melhor ajudar os que estão próximos de si e cuidar ao receber ajuda de estranhos. Eu, novamente, não estou falando em dinheiro, estou falando sobre as circunstâncias que podem envolver esses desconhecidos. Espera aí antes de pensar mal! Outro dia eu estava cheia de pacotes e uma senhora ofereceu-se para carregar um dos pacotes e eu não aceitei. Eu não aceitei porque sei que ela fez cirurgia cardíaca. Essa vontade de ajudar, vinda dela, era para provar para ela mesma que ela poderia carregar peso.
     Também se for o caso, aceitar uma ajuda de vez em quando faz bem. Outro dia recebi com humildade e compreensão uma ajuda. Seria melhor que eu fosse em outro lugar ao invés daquele onde eu pretendia ir; o clima estava ruim por lá. Eu ouvi e não vi enchente nenhuma.
     O fato é que se interage o tempo todo com outras pessoas e essa troca exclusivamente humana é necessária.
     Ocorre que se está provido de excessiva atitude defensiva e essa atitude defensiva é normal porque o mundo está repleto de desgraças.
     Ajudar a quem está próximo é uma saída, favorece os relacionamentos interpessoais, propicia ao dia algum conhecimento e afetividade, traz ânimo e disposição. Até porque tirar os olhos do celular ou do computador descansa a vista.
     São atitudes simples que melhoram o ambiente, não é preciso que aconteça nada realmente sério, para que se ajude o que está próximo de si. É uma questão de vontade.
     Às vezes parece que as pessoas perderam o senso, mas desligar a televisão para conversar ainda é uma boa ideia. Conversar com os seus familiares, saber deles, usufruir um momento de domingo para saber o que pode ser feito por você mesmo.
     Eu sei que o domingo, para muita gente, é dia de orações. Nada impede que após as orações, ou antes delas, dependendo do horário em que se vai ao serviço religioso, haja uma boa conversa, um passeio e uma ajuda.
    Bom domingo!         
     
    

2 comentários:

Célia disse...

Ando repleta de "atitudes defensivas", Yayá! Penso e repenso inúmeras vezes para pedir ou aceitar uma ajuda. Prefiro ajudar que ser ajudada... Mas ouço e dialogo muito com a família. Precisa-se muito, hoje em dia, de um ouvinte...
Excelente reflexão. Obrigada!
Abraço.

Maria Rodrigues disse...

Excelente reflexão.
Infelizmente, hoje parece que vivemos obcecados pelas tecnologias e muitas vezes esquecemos mesmo de conviver pessoalmente com os amigos ou família e se nem há convívio, muito menos ajudar ou ser ajudado.
Bom domingo
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco